06/11/2009

Queda do Muro de Berlim, faz 20 anos...

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A Alemanha e o mundo estão em festa neste mês, comemorando o vigésimo aniversário da queda do Muro de Berlim. Apontado como o símbolo da repressão sofrida pela população sob o domínio soviético, o muro ruiu em 1989 como consequência da ação dos movimentos sociais.


Apesar de ser verdade que o mundo todo avançou de forma impressionante nas duas últimas décadas nas áreas política, econômica, social e tecnológica, o fim da separação das Alemanhas, símbolo do encerramento da Guerra Fria, também representou mudanças ruins para o planeta, dando margem ao surgimento de redes globais de terrorismo que, na época da Guerra Fria, seriam impensáveis.
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O historiador norte-americano Jeffrey Engel vai mais longe em sua análise dos efeitos negativos do fim da Guerra Fria. Segundo ele, o conflito ofuscava todos os outros problemas internacionais e regionais e evitava que guerras se consolidassem de forma global. “Com o fim do confronto entre EUA e URSS, estes movimentos tiveram espaço para entrar em ebulição, criando tensão internacional, permitindo a globalização do terrorismo”, disse, em entrevista por telefone.

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Entre os efeitos positivos do fim da Guerra Fria, os historiadores apontam para o Brasil como um exemplo marcante. Em 1989, quando caiu o muro e o bloco soviético, o Brasil elegia um presidente de forma direta pela primeira vez desde 1961 (mesmo ano em que o muro foi erguido), uma nova Constituição havia sido promulgada um ano antes, e o país, que saía de 20 anos de ditadura, entrava numa nova era social econômica e política.


“O fim da Guerra Fria fez com que o Brasil conseguisse se tornar mais autosuficiente, se desenvolver de forma independente tanto na política quanto na economia. Enquanto existia o muro isso talvez não fosse possível, pois a preocupação com a influência soviética faria com que os Estados Unidos não permitissem que o Brasil fizesse nada sozinho”, disse o historiador inglês.
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(Extraído do G1)

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